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Fundado em 15 de janeiro de 1941, o Abrigo Bezerra de Menezes, que antigamente se chamava Abrigo da Velhice Desamparada, completa no próximo mês 75 anos de existência. Nesse período já passaram pelo abrigo cerca de dois mil idosos e hoje, na unidade Penha são 95.

O trabalho desenvolvido pelos diretores e todo seu time de voluntários requer além de capital, atenção, boa vontade, pró-atividade, fraternidade e empenho. Na unidade Penha são 106 funcionários ativos, 7 autônomos, 200 voluntários - em diversas áreas. E mesmo assim, ainda há necessidade de pessoas que possam se voluntariar para a área de atendimento (recepção, lanchonete, livraria, bazar). Além disso, há os cuidados com a saúde que também dependem de profissionais. Três vezes por semana médicos passam pela instituição para fazer atendimentos aos moradores, além disso, a rede SUS também é utilizada.

Alguns dos idosos têm família, porém não são todos. Frequentemente acontecem na instituição algumas ações sociais, como festas, atividades interativas, apresentação musical, entre outras, realizadas por grupos de amigos ou empresas. Este tipo de atividade estimula o contato dos idosos não apenas com os familiares, mas também com visitantes.

Para realizar a manutenção do abrigo, bem como para custear as despesas mensais, a Instituição recebe doações tanto de pessoa física quanto jurídica, utilizam ferramentas de telemarketing, fazem campanhas fraternas, eventos solidários, bazares beneficentes – comercializando móveis, roupas, calçados, entre outros objetos – tudo proveniente de doações.

Enganam-se aqueles que pensam que para ajudar é preciso doar dinheiro em espécie. A doação de tempo é uma das mais importantes. Algumas empresas doam serviços, é o caso da Empresa Metal Certa,, da Alzahra Comunicação, que elabora mensagens comemorativas, a Gazeta Penhense e Gazeta do Tatuapé divulgam os eventos que ocorrem tanto no Abrigo quanto no Centro Espírita, a editora Gráfica Nywgraf realiza impressões coloridas do Boletim Informativo, a Posi Engenharia e Construção realiza assessoria na construção e em reforma de abrigos e a Turismo Santa Rita que cede micro-ônibus uma vez por mês para que a casa possa realizar as visitas na outra unidade do abrigo, localizada em Itaquaquecetuba (Rua Frei Caneca, 280 – Bairro Pequeno coração). Além disso, há a doação de alimentos, como a Comercial Autobor que doa mensalmente 50kg de café.

É importante ressaltar, que por se tratar de uma Instituição Filantrópica, o abrigo tem imunidade tributária, na esfera Municipal, Estadual e Federal. “É muito importante para nós contar com a ajuda financeira de pessoas físicas e jurídica, afinal para manter a saúde, alimentação e higiene de nossos idosos necessitamos de verba", comenta Aparecida Rosemeire dos Passos, assistente social do abrigo.

Alguns dos idosos da casa recebem benefícios, mas a prioridade do abrigo é acolher aqueles que não têm nenhum tipo de benefício. No caso daqueles que recebem, é facultado a contribuir mensalmente para o custeio da entidade com valor referente a 70% do beneficio recebido, conforme Estatuto do Idoso §2º do art. 35 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003.

No decorrer dos anos passamos por várias modificações na estrutura física da Instituição, visando sempre o bem estar dos residentes, funcionários e voluntários e implementar as normas estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores. “Ainda almejamos realizar alguns projetos, dentre eles uma sala para Atividades de Terapia Ocupacional e uma piscina para hidroterapia”, diz a assistente social.

O abrigo abre todos os dias para visitação, inclusive aos sábados, domingos e feriados das 13h às 17h. Somente as visitas em grupo devem ser agendadas com o Serviço Social.

As doações podem ser feitas por meio de depósito (Banco Itaú agência 0139 c/c 00330-5/ Banco Bradesco agência 0118 c/c 132500-0), boleto bancário; telemarketing ou pessoalmente na recepção do Abrigo.

A história do abrigo!

José Nascimento Bacelar foi um homem muito ativo, inteligente, dinâmico e simples. Trabalhava como pedreiro de obras. Sua simplicidade não o impediu de sonhar, pois sua visão sempre foi muito ampla.

Seu grande sonho: fazer alguma coisa positiva pelos seus semelhantes. As tentativas de colocar este sonho em pratica começaram em sua cidade natal: Belo Horizonte (MG), porém não foi tão fácil assim.

Depois de se mudar para São Paulo, ele continuou insistindo em seus propósitos altruístas e juntou-se a um grupo de conhecidos que alimentavam um sonho semelhante ao seu: “Amparar o próximo desvalido, tanto pelo aspecto moral quanto espiritual.”

A primeira ideia começou com a fundação do centro espírita e começaram as reuniões doutrinárias numa sala alugada de uma velha casa na Rua Caquito, no bairro da Penha. Com o passar do tempo, aumentou consideravelmente o número de pessoas presentes nessas reuniões. E aí que com ajuda de amigos e um empréstimo bancário, uma sede própria e grande foi construída. Neste momento nasceu também o abrigo.

“Meus companheiros eram como eu, todos desprovidos de recursos. O Alto, no entanto, não faltou com sua proteção. Obtendo um empréstimo, consegui reunir a importância para grande parte do material necessário e, aos domingos, entregava-me pessoalmente à obra de levantamento das paredes ajudado pelos meus abnegados companheiros. Conseguimos assim, sem mão de obra estranha, construir o salão de sessões e conferências, que se inaugurou em dezembro de 1942” – de José Nascimento Bacelar.

Site: www.abrigobezerrademenezes.com.br